A evolução da Inteligência Emocional: conheça as 30 Leis do Olho de Tigre
Desde quando eu reconheci que mudar organizações demandaria uma mudança profunda na inteligência emocional, ou seja, no comportamento das pessoas que nelas trabalham, e também nas pessoas ao seu redor, comecei a estudar ciências do comportamento. E confesso que tem sido uma jornada viciante e principalmente transformadora.
Desde lá, meados de 1995, assumi um Y na minha carreira. Resolvi, então, estudar com profundidade não somente gestão, que sempre foi e é minha paixão, mas me aprofundar muito no que aprendi a rotular de Inteligência Comportamental (IC).
Por que não Inteligência Emocional (IE)?
Muitos farão um esforço em me corrigir, procurando associar IC a mais conhecida Inteligência Emocional (IE), proposta por Daniel Goleman. Entretanto, confundir estes conceitos se revelou, depois de meus estudos, um erro crasso.
A proposta de Daniel Goleman decorre da obra original de Howard Gardner, que nos ensinou que existem muitas inteligências (hoje sabemos que são 9 tipos diferentes).
Dentre elas, existem duas específicas, que se referem a forma como sentimos o mundo. Trata-se, então, da Inteligência Intrapessoal (compreensão dos dilemas de você com você mesmo) e da Inteligência Interpessoal (compreensão dos dilemas entre as relações com outras pessoas).
O termo Inteligência Emocional, de Daniel Goleman, é uma oportunista apropriação de parte do trabalho de Howard Gardner e representa apenas parte do que hoje denominamos de IC.
O que é Inteligência Comportamental (IC) então?
A expressão Inteligência Comportamental (IC) é, portanto, decorrente da reflexão e proposta do brasileiríssimo Dr. Jô Furlan (médico e neurocientista), do qual fui e sempre serei aluno, e que complementa o trabalho de Howard Gardner.
Esta abordagem está focada na conquista de resultados da pessoa envolvida em todas as ambiências (pessoal, familiar, social e corporativa). Isto, é claro, por meio de intervenções controladas que possam promover uma mudança do modelo mental vigente. Esta mudança tem o poder de ressignificar e recontextualizar os aprendizados até então absorvidos.
Apenas para se ter uma ideia da complexidade em mudar modelos mentais, estes foram constituídos naturalmente até aproximadamente 7/8 anos de idade em 98,5% das sinapses. Isto significa que 98,5% de seu filtro de mundo (sua forma de interpretar a vida, suas convicções, etc.) foi moldada até esta idade. Mudar isto é uma tarefa para profissionais e não para amadores.
Em síntese, isto é uma abordagem da Medicina Comportamental, portanto, não é assunto para coaching formados por estes cursos da moda. Ela estabelece meios que extrapolam as terapias cognitivo-comportamentais e, assim, é capaz de auxiliar as pessoas a reorganizar em suas conexões sinápticas por meio de intervenções de alto impacto.
Cabe ressaltar que isto acontece somente quando as disfunções não são patológicas e antes de serem submetidas a intervenções médicas (psicológicas, neurológicas ou psiquiátricas).
Desta forma, a IC ajuda a melhorar pessoas sob diversos aspectos, enquanto a IE apenas ajuda a reconhecer seus traços e lidar melhor com os dilemas do dia a dia. Ou seja, a IE, normalmente, não culmina em mudanças de modelo mental mais profundas.
O que as 30 LEIS do OLHO DE TIGRE têm a ver com a IC?
Depois de mais de 25 de jornada na pesquisa sobre ciências do comportamento, desenvolvemos o que chamamos de MOTDH (Método Olho de Tigre de Desenvolvimento Humano). O MOTDH gerou uma compreensão do comportamento humano diferenciada que foi resultado destes 25 anos de compilação científica.
Como forma de sintetizar este conhecimento, publiquei o livro: AS 30 LEIS DO OLHO DE TIGRE (Ed. Literare Books). As 30 leis são 30 conceitos que expressam os fundamentos aprendidos em minha jornada sobre IC. Elas se demonstraram poderosas ferramentas para, quando aplicadas, alterar a forma de percepção do mundo que nos cerca.
O grande objetivo das 30 LEIS do Olho de Tigre é ser a base do OT EXTREME, uma das intervenções do MOTDH. Elas ajudam as pessoas não apenas a compreenderem mais e melhor sobre si mesmas, mas a assumir a responsabilidade de MUDAR os próprios traços comportamentais, isto com foco no desenvolvimento de habilidades de EMPREENDEDORISMO.
O OT EXTREME é tão significativo que gera depoimentos que vale a pena assistir:
Para ver mais depoimentos da última turma do OT EXTREME, clique aqui
O MOTDH como método para desenvolver novos modelos mentais e ressignificar a Inteligência Emocional
Assumir o Protagonismo Empreendedor por meio da mudança do Modelo Mental pode ser um grande desafio para muitas pessoas. Inclusive, a tendência é que muitos “fujam” por interpretar que “não nasceram” para isto. Entretanto, é uma circunstância da qual não podemos ignorar. Ou nos preparamos para ela ou vamos sofrer, e muito, acredite!
A diferença é que todas as 30 LEIS, de forma integrada, oferecem uma visão amplificada da mente, convidando aquele que escolha a jornada de percorrê-las, uma oportunidade de buscar a PLENITUDE.
PLENITUDE é um conceito muito maior que mera felicidade, que realmente expressa o que os filósofos Platão e Aristóteles chamavam de EUDAIMONIA. Uma abordagem que valoriza o ápice do bem-estar e do estar-bem, muito além da efêmera felicidade. Mas isto é assunto para um próximo artigo. Até lá!
Orlando Pavani Júnior