Processo de aprendizado: a maior falha na busca por resultados

Nada é tão fascinante, dentre tudo que estudei na minha vida, do que a relevância da “experiência” no processo de aprendizado. Porque esta experiência, em detrimento da mera explicação cognitiva, é o que faz (sempre fez) a diferença na aprendizagem.

No meu próprio processo de aprendizado, a busca pelo conhecimento sempre veio pelos meios mais clássicos. Em outras palavras, foram os livros lidos e as aulas formais, principalmente aquelas ministrada pelos professores inesquecíveis, que eram supervalorizadas. Em adição, é claro, ao estudo dedicado e a pesquisa extenuante.

Porque o processo de aprendizado é falho?

Mas não foi por estes mecanismos que as coisas realmente entraram na minha cabeça, e principalmente, nas minhas atitudes. Com certeza, o aprendizado mesmo, que transformou a minha rotina e minhas colheitas durante a vida, vieram somente depois de algo mais ter acontecido.

A este algo mais eu considero as “experiências”. As explicações cognitivas são apenas o início do processo de aprendizado, mas jamais pode-se dizer que bastam. São as experiências vivenciadas na prática que caracterizam o aprendizado (ou o desaprendizado) propriamente dito.

Sem as experiências, o conhecimento é apenas armazenado e “arrotado” para outras pessoas. Como se fossem pseudo credenciais, mas não se traduz em nada. São puro desperdício. Em tese o que vale não é o que você aprendeu, mas o que você fez com o que aprendeu!

Onde e como, de fato, o aprendizado virou experiência aplicada? Sabe aquela listinha de fim de ano com diversos objetivos que não vira nada? É mais ou menos isto.

Foi com esta convicção que criamos um conteúdo a que chamamos de F.E.R.A.. Uma palavra que faz referência ao TIGRE (nome de nossa empresa), mas que traduz quatro fundamentos imprescindíveis para que as pessoas não se limitem apenas ao conhecimento cognitivo. São eles:

  1. F de Ferramentas
  2. E de Experiências
  3. R de Reflexão
  4. A de Aplicação

F de Ferramentas

Quais são as ferramentas para que o aprendizado inicie seu processo? Aquele aprendizado cognitivo a que me referi anteriormente. Essas ferramentas são, com certeza, um primeiro passo, um passo importantíssimo, mas apenas o primeiro passo.

A leitura é fascinante, eu a considero como uma das atividades mais prazerosas de se fazer. Assim, a única coisa que eu pediria para não me retirarem na velhice seria a capacidade de ler.

Mas eu lhe pergunto: qual a diferença entre uma pessoa que sabe ler, mas não lê, daquele que nunca tivera aprendido a ler? Nenhuma diferença não é!? Portanto saber ler e comprar livros não basta, é preciso ler mesmo, de verdade! E quanto mais puder desenvolver a velocidade da leitura, melhor para você.

Outra ferramenta importante é o hábito de assistir aulas. Aulas de gente que esteja falando algo sobre um determinado tema que lhe seja útil ou importante. Perceba que não me referi a um tema que apenas lhe agrade, mas um tema que lhe seja útil ou importante.

Muitos apenas se dedicam a assistir aulas de assuntos que sejam do seu interesse. Mas negligenciam os temas que lhe seria útil ou relevante. Isto seria importante para ajudar em alguma circunstância do dia-a-dia ou mesmo para lidar com as tendências e desafios do mundo que se configura.

Ler e assistir aulas de maneira sistemática é o que caracteriza o hábito de estudar e pesquisar. Em síntese, é reconhecer e se submeter a estas duas ferramentas que vão dar estrutura para os demais fundamentos da F.E.R.A.

E de Experiência

São as experiências que realmente lavram o aprendizado. Sem elas, as ferramentas viram meros conhecimentos sem relevância. E que serão esquecidos em muito breve. Quantas vezes você estudou apenas para fazer “a prova” e nunca mais se lembrou de nada daquilo?!

As ferramentas (leituras e assistir aulas), como disse, são apenas a iniciação do processo, mas nunca bastaram para configurar o aprendizado. Eu sempre tive o esforço de oferecer a meus alunos de graduação, mesmo na necessidade de ser avaliado por meio de provas, uma experiência lúdica. Experiências que fossem capazes de oferecer mais do que o mero aprendizado cognitivo. Veja este vídeo explicativo sobre como eu fazia.

É da experiência, que envolve a emotização, que os pelinhos do corpo sobem, que os sinais vitais se alteram, que o “orgasmo intelectual” se apresenta. É neste momento que o aprendizado é “sentido”, de fato, e não apenas absorvido cognitivamente.

E eu posso lhe garantir: SENTIR o aprendizado é muito mais profundo que apenas ENTENDER alguma coisa.

Infelizmente a grande maioria das entidades de ensino focam no F (ferramentas) e pouco no E (experiências). Poucas são as universidades que entenderam este viés e redimensionaram sua proposta de valor a partir deste fundamento.

Um dos poucos exemplos desta alteração é o da LIVE UNIVERSITY que estruturou todos os seus cursos. Sua premissa é que, em cada aula, sempre, haja algum tipo de experiência daquilo que foi abordado na aula. Um desafio complexo e polêmico, mas que esta universidade tem na sua proposta de valor.

R de Reflexão

Somente agora, depois de ter passado pelo F (ferramentas) e pelo E (experiências) é que existe base confiável para que a reflexão aconteça e que suas próprias conclusões venham a tona.

Reflexão somente após o F (leitura e aulas) é insuficiente porque o aprendizado ainda não foi incorporado às “vísceras do indivíduo”. O que só acontece após o E (experiências).

Reflexão apenas após o E (experiências) também é um grande risco, porque o aprendizado ainda é apenas uma emoção forte, mas sem base cognitiva, o que só acontece depois do F (leituras e aulas).

Refletir somente depois de vivenciar algo, faz do aprendizado um conceito volúvel demais para ser objeto de reflexão. Portanto algo não recomendável.

Refletir é uma etapa imprescindível do aprendizado que se faz em solitude, ato totalmente executado sem qualquer pessoa como influenciadora. Esta reflexão é responsável por emergir as próprias conclusões individuais sobre diversas temáticas que se conectarão de forma inevitável.

É nesta etapa que as dúvidas poderão aparecer e as revisitações das etapas F e E serão muito valorizadas. Neste momento é que as convicções virão e sua própria definição virá a tona. É o momento em que a Consiliência se apresenta.

A de Aplicação

Agora é o momento de tratar da aplicação dos resultados da reflexão. Não se trata de aplicar o que aprendeu (F) ou o que experimentou (E), mas de aplicar o substrato do que efetivamente refletiu (R).

É o momento do que eu chamo de FAZEJAMENTO. A disciplina em FAZER NA PRÁTICA o que efetivamente aprendera como resultante das etapas anteriores. Ou seja, F (ferramentas), E (experiências) e R (reflexão).

De que adianta ter passado pelas 3 etapas anteriores e não aplicar, pelo menos em algum grau, o aprendizado adquirido? Por incrível que possa parecer, esta etapa é a menos comum de ser incorporada à rotina de qualquer aprendizado.

Valorizamos demais os símbolos. Os diplomas na parede, as formações e os títulos no Curriculum Vitae e/ou na Plataforma Lattes, as inúmeras siglas que resumem credenciais antes de nossos nomes.

Mas infelizmente pouco colocamos os resultados advindos da aplicação de todo o conhecimento adquirido.

Quando aprendemos, de verdade, alguma coisa, o foco deveria ser a aplicação deste conhecimento. Mesmo que sob condições bem insanas! Veja um exemplo bacana que eu vivi que ilustra bem este fundamento:

Como ser F.E.R.A. pode transformar seus resultados

Eu sei o quanto praticar este fundamentos pode ser desafiador. Por isto desenvolvemos um curso chamado O OT EXPERIENCE, que terá seu lançamento em 05/03/2022. Nele teremos a oportunidade de tratar os 4 fundamentos do aprendizado (F.E.R.A.).

Viver este Workshop será uma oportunidade lúdica e profunda para redimensionar o jeito que você aprende e como poderá obter resultados efetivos pelo uso de seus aprendizados. Te espero lá hein, clique aqui para saber mais.