Autossabotagem comportamental: um mal que aflige a humanidade

Certamente, pelo menos em algum grau, a Autossabotagem Comportamental lhe afeta. Quer ver? Você já fez perguntas como essas para si mesmo?

  • “Por que eu continuo fazendo isso?
  • “Como aceitei isso novamente?”
  • “Como isso continua acontecendo comigo?”

 

Em suma, se a resposta for sim, este artigo é para você. Falar de autossabotagem é um tema recorrente quando o foco é o desenvolvimento da Inteligência Comportamental.

Auto é um prefixo, de origem grega, usado para designar algo que é próprio. Sabotagem, por sua vez, é o ato ou efeito de dificultar ou prejudicar uma atividade. Autossabotagem comportamental, portanto, é a atitude de agir contra si mesmo. Ou seja, atrapalhar as próprias tarefas.

Este conceito é uma habilidade comportamental, sim, isto mesmo, uma habilidade, que praticamente garante que o desempenho do indivíduo será prejudicado. Uma sequência de obstáculos e justificativas que servem para prejudicar ou explicar o fracasso.

Autossabotagem refere-se, portanto, a comportamentos ou padrões de modelos mentais de pensamento, e consecutivamente de comportamento. Eles impedem de fazer aquilo que deseja. É uma espécie de cilada mental que parece te proteger, mas apenas indica portas que, ao final, te lançam ao mesmo lugar de partida.

Por outro lado, muitas pessoas com projetos e objetivos admiráveis não conseguem executá-los, pois, por mais que se esforcem, só conseguem patinar sem sair do lugar.

Como saber se sou refém da autossabotagem comportamental?

O objetivo aqui é abordarmos um pouco sobre a repetição sistemática do comportamento autossabotador.

Sempre defendi que acertar é mais humano que errar. Errar precisa ser uma exceção! Quando acontece, é uma magnífica experiência de aprendizado. Mas persistir no mesmo erro várias vezes começa a merecer outros adjetivos.

Sempre disse em minhas aulas e palestras:

“Se a sua borracha termina primeiro que seu lápis, há alguma coisa muito errada na sua vida!”

Você pode estar se sabotando sem se dar conta disso. Veja este vídeo do biólogo Atila Iamarino, do canal Nerdologia. Além de ser um profissional confiável, ele é bem didático, pois resume bem os conceitos básicos de Autossabotagem Comportamental.

Mas como iniciar uma séria ponderação e análise interna para saber se somos, de fato, um autossabotador?

Em outras palavras, você pode fazer esses questionamentos a si mesmo sempre que se sentir escravo a padrões cíclicos de atitude. Estes padrões criam ruídos e problemas reais em sua vida.

Certamente estas situações o impedem de avançar em projetos e conquistar seus objetivos de vida.

Você observará indícios de sabotagem contra si mesmo à medida que tentar fazer mudanças, mas que, mesmo assim acaba sempre no mesmo lugar.

Se isso acontece com você, atente-se a autossabotação.

Como funciona a autossabotagem comportamental no cérebro

É importante saber que existe uma funcionalidade do cérebro chamada de mecanismo de luta & fuga. Acima de tudo este mecanismo é responsável por preservar a vida do indivíduo em circunstâncias onde o risco é iminente ou o desconhecido se apresenta. Nestes casos, duas escolhas podem ser tomadas.

A LUTA representa o mecanismo autônomo e primário do cérebro, ou seja, a primeira tendência. Numa circunstância de risco iminente ou diante do desconhecido, o indivíduo tende a enfrentar aquilo que lhe é novo ou incompreensível.

Por exemplo. Podemos citar uma criança diante de um leão selvagem ou diante de uma simples tomada elétrica. A tendência é que ele brinque com o leão. Para ele, é apenas um gatinho grande (até que lhe seja arrancado o primeiro bracinho). Ou que coloque o dedo na tomada (até que tome um choque daqueles).

Assim que o susto se instala, ou que haja consciência do risco de não obter êxito na iniciativa (brincar com o leão selvagem ou manter o dedo na tomada) é aí que a FUGA tem sua função.

A FUGA é o artifício cerebral, secundário e não autônomo, que toma a iniciativa de fugir propriamente dito de determinada circunstância para evitar o pior. Em outras palavras, se não houvesse este mecanismo de fuga, de defesa, a pessoa morreria muito facilmente.

O problema não está no mecanismo em si, que é perfeito. O problema está na inversão da ordem, ou seja, considerar a FUGA como alternativa primária e a LUTA como alternativa secundária.

É aí que a autossabotagem comportamental ganha morada, quando se inverte a lógica do cérebro reptiliano (a camada mais profunda e primitiva do cérebro). Esta inversão demonstra que a pessoa está no modo fuga, e isto padroniza as atitudes autossabotadoras.

Como mudar o comportamento autossabotador?

Em primeiro lugar aprender e aplicar as técnicas para acionar alertas de consciência dos padrões do MODO FUGA.

Em segundo lugar é necessário se desvencilhar destas armadilhas mentais. Desta forma estará garantida a capacidade de trilhar outras direções, fugindo da autossabotagem comportamental.

Normalmente a autossabotagem comportamental é um artifício de autoproteção, mas normalmente de circunstâncias que não requerem mais o uso deste mecanismo. É um cuidado que não se justifica ser um padrão, mas assim se torna, infelizmente.

Pessoas com as características abaixo tendem a desenvolver mais e melhor a autossabotagem:

          • baixa autoestima (que admira pouco a si próprio);
          • inseguras (que não acreditam que são capazes);
          • baixa autocompaixão (que não aceitam seus próprios erros);
          • ansiosas (que antecipam o sofrimento);
          • tímidas (que se envergonha demais);
          • hipocondríacas (que tomem remédios demais).

 

Há, em contrapartida, diversas ações que podem ser consideradas boas estratégias para minimizar a autossabotagem.

Uma delas é a AUTOAFIRMAÇÃO, ou seja, tendemos a sofrer menos quando damos ênfase a coisas que são muito importantes para nós.

Preocupar-se menos com os resultados e mais com a EXPERIÊNCIA vivida. Nesta linha, escolher treinamentos vivenciais que trabalhem a melhoria de traços comportamentais é uma excelente iniciativa.

O que a Olho de Tigre faz para ajudar a superar a autossabotagem

Como você já sabe, o Método Olho de Tigre de Desenvolvimento Humano (MOTDH) é uma sequência de intervenções teóricas e experimentais que minimizam, e muito, a autossabotagem.

O simples fato de decidir participar de nosso treinamento de imersão (OT EXTREME, uma das intervenções que compõem o MOTDH) já é um desafio à autossabotagem. Isto porque a grande maioria dos mais de 7.000 participantes (desde 1999) manifestam que, antes de irem ao Hotel onde o treinamento acontece, pensaram seriamente em desistir pensando:

“Será que eu preciso mesmo deste treinamento?!”

Outra abordagem que sabemos reduzir muito a autossabotagem é a presença ativa do ser amado na sua vida.  O parceiro conjugal, quando consciente e comprometido em ajudar, pode encorajar o modo LUTA e enfraquecer o modo FUGA no outro.

Este esforço é um dos pilares da convivência conjugal, o pilar da CUMPLICIDADE! Algo que desenvolvemos e aprofundamos bem durante o Workshop OT UNION.

Minha sugestão é que, pelo menos em 2022, você se dê uma chance e viva nossas experiências transformacionais. Elas vão te surpreender!